Aqui a construtora teve que derrubar mais de 100 metros quadrados de paredes levantadas de maneira irregular, em alguns pontos elas estavam totalmente fora do padrão, com reboco de apenas 1 centímetro e meio. Janelas feitas em tamanhos menores não compatíveis com o que determina o convênio e estruturas de ferros expostas à ação do tempo, correndo o risco de corrosão.
“ Muito do serviço deixado pela antiga construtora vai ter que ser todo refeito. Não podemos deixar uma obra do jeito que encontramos ser dada continuidade. São paredes tortas e estrutura metálica exposta. Foram quase sete meses de busca pela documentação e localização do empresa responsável pelo início da obra, mas agora vamos acompanhar de perto todo o trabalho” disse o secretário Aluízio Santos.
80%, do valor da obra, foram retirados pela gestão anterior e por quase um ano a atual administração buscou junto a justiça toda a documentação necessária para retomar a obra de maneira legal e também já tomou todas as providências judiciais para responsabilizar os antigos gestores. Para garantir a vinda de novos recursos para o município, como verbas para construção de escolas polos, creches, ônibus e não travar o sistema, a prefeita Ducilene Belezinha, teve que arcar com o prejuízo deixado por essas obras inacabadas.
“ Infelizmente o município vai ter que arcar com mais esse prejuízo. Não podemos fazer um aditivo no projeto inicial e não podemos deixar a obra do jeito que está”, acrescentou o secretário.
São quase 800 mil reais de prejuízo só com a creche do bairro da Cohab. De acordo com o secretário Aluízio Santos, quando a antiga empresa foi localizada, a única providência que ela tomou foi retirar, de maneira indevida, o material do canteiro de obras, entre tijolos, areia, ferro e até uma caixa d´água. Neste caso o município registrou um boletim de Ocorrência.
Além dessa creche que faz parte do Programa Federal Pró-Infância, com o objetivo de beneficiar centenas de famílias da região. Outra construção que ficou pela metade foi a da creche da Praça do Viva, no Campo Velho. Aqui foram mais de 200 mil reais retirados do convênio e quase nada foi feito no local.
Ainda de acordo com o secretário, só na pasta de infraestrutura o rombo nos cofres públicos soma mais de 50 milhões de reais, entre obras inacabadas.
A prefeitura de Chapadinha, agora trabalha para entregar a creche à população num prazo de 1 ano. E para garantir a execução da obra dentro do cronograma, profissionais do município irão fiscalizar o andamento dos trabalhos.
ASCOM/PMC
Fotos: Kim Pereira
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