Hoje, absolutamente tudo na cidade é motivo de questionamento e discórdia patrocinada pela oposição, que até ontem nunca havia visto nada de errado nas comprovadas maracutaias de Magno Bacelar e Danúbia Carneiro. O assunto em voga é novamente o concurso municipal.
As denúncias iniciam-se sempre com um “ouvi dizer”. Ouvi dizer que alguém tinha o gabarito. Ouvi dizer que o concurso é de fachada, e por aí vai. De concreto mesmo não existe nada até o momento. Isso não quer dizer que tais denúncias não devam ser averiguadas. Devem sim! Mas por pessoas competentes para isso, não por especuladores de internet que visam apenas tirar proveito político da situação.
Ora, já fiz muitos concursos na vida e escutei boatos desse tipo desde o meu primeiro vestibular. Para mim, isso soa como uma desculpa antecipada. Uma saída honrosa para quem não estudou o suficiente. É muito mais fácil achar um culpado para suas faltas que admitir que não estava bem preparado para o certame.
A verdade é que algumas pessoas passam muito mais tempo em sala de bate-papo que em sala de aula. Passam mais tempo assistindo televisão que lendo um livro. Querem vagas ilimitadas para compensar o conhecimento limitado. Até mesmo ao reclamar do concurso, o fazem em um português pobre e repleto de erros.
Então quer dizer que quem não passar é incompetente? Claro que não. Muitas pessoas de grande conhecimento poderão não obter êxito apenas porque naquele momento alguns concorrentes conseguiram melhores resultados. A concorrência hoje não é local, é global.
Todo concurso traz mais decepções que alegrias, haja vista que a quantidade de pessoas que o disputam é sempre muito maior que o número de vagas. Haverá sempre mais choro que riso. É a natureza do concurso. É a natureza da vida.
Resta aos que não conseguirem a sonhada aprovação se debruçar nos livros e se preparar melhor para outros concursos que certamente virão – Municipal, Estadual e Federal -. Os que não conseguirem encontrar falhas na perfeição do seu conhecimento sempre terão alguém a culpar: o instituto, a prefeitura, o colégio, os pais, os professores... Cada um é livre para escolher entre o soro e o veneno. Boa sorte a todos!
Dr. Ernani Maia
(Cirurgião-Dentista)
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