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O silêncio do Governador do Maranhão, Flávio Dino, aos apelos da prefeita de Chapadinha, Ducilene Belezinha, por ajuda no combate ao coronavírus, vem causando agonia para os mais de 80 mil chapadinhenses que enfrentam a pior fase da pandemia, tendo que ouvir, quase que diariamente, notícias de óbitos nos hospitais da cidade (UPA e Regional), que estão lotados.
Belezinha entregou pessoalmente ao governador um ofício, em 5 de maio, relatando as dificuldades enfrentadas pelo município, desde o primeiro dia do ano 2021, quando ela recebeu a prefeitura da gestão passada com salários da Saúde atrasados, gerando um desgaste no setor.
O ex-prefeito Magno Bacelar, que passou mais de um ano recebendo cerca de R$ 1 Milhão por mês do governo do Estado para a manutenção da UPA e que recebeu no ano passado mais de R$ 12 Milhões do Governo Federal exclusivo para o combate à pandemia, deixou quase 30 Milhões de Reais em dívidas para Belezinha, que, sem receber verbas exclusivas para a pandemia, tem enfrentado muitas dificuldades para pôr em prática o plano de enfrentamento ao covid.
A situação vem piorando a cada dia no município, que chegou, nesta terça, ao absurdo número de 114 mortos em decorrência do coronavírus.
Só no mês de maio foram registradas 21 mortes. Quase uma por dia. O pior período em Chapadinha, desde o início da pandemia.
O Boletim Epidemiológico desta terça informou que nas últimas 24 horas foram registrados 65 novos casos da doença. Ao todo, já foram registrados, desde o início da pandemia, 4.933 casos. Hoje há 185 casos ativos, com 28 pacientes (todos de Chapadinha) internados na UPA e no Hospital Regional.
Lembrando que, além do Regional, a UPA também vem recebendo pacientes oriundos de municípios vizinhos, o que sobrecarrega ainda mais o sistema municipal.
Os testes que eram realizados apenas na UPA, passaram a ser realizados também em cinco Unidades Básicas de Saúde em vários pontos da cidade, por determinação da prefeita Belezinha e do secretário Richard Wilker.
Ontem a prefeitura anunciou a implantação de mais quatro leitos na UPA, que já contava com três UTIs e 14 leitos de internação, somando agora, 21 leitos para pacientes com covid. A UPA de Chapadinha conta também com uma usina de oxigênio.
Não fosse todo o empenho da prefeita Belezinha e da equipe da Saúde, sob comando do secretário Dr. Richard Wilker, a situação estaria bem pior.
Agora, é esperar que o governador do Estado, Flávio Dino, se sensibilize com a triste situação de Chapadinha e envie recursos para que a prefeitura possa enfrentar a pandemia em melhores condições.
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