Na comparação com o início de setembro, o impacto na bomba será de aproximadamente R$ 0,12 de alta, segundo projeção da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes). Já em relação aos valores que já estavam em vigor, o aumento deve ser de aproximadamente R$ 0,02.
A cobrança da alíquota cheia de PIS/Cofins, de R$ 0,35 por litro do diesel, está prevista para voltar em janeiro de 2024.
A nova etapa reoneração deve pressionar ainda mais o preço do combustível nas bombas, que é o maior desde fevereiro. Segundo pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro do diesel foi vendido, em média, a R$ 6,10 na última semana.
Além disso, outros fatores apontam para uma tendência de alta nos preços do diesel. O Brasil importa cerca de 25% do que é consumido internamente. Como a nova política de preços da Petrobras não segue totalmente o cenário externo, cria-se uma defasagem crescente entre os preços internos e os praticados internacionalmente, o que dificulta as importações.
O cenário só não era pior até agora porque o Brasil, sobretudo a Petrobras, intensificou nos últimos meses a compra de diesel da Rússia. Em guerra, o país vinha exportando a preços menores, já que tem restrições no comércio internacional com vários países e precisava escoar o derivado.
Porém, em decisão anunciada no último dia 21 de setembro, a Rússia decidiu cortar as exportações do combustível em 30%. Justamente por estar praticando um preço abaixo do mercado internacional devido às sanções aplicadas. Chegou a conquistar 75% do mercado de importação de diesel no Brasil em agosto.
Com a restrição russa, os importadores brasileiros terão que recorrer a outros mercados para atender a demanda, dessa vez a um preço mais elevado. Nesse caso, a Petrobras será pressionada a aumentar seu preço para mitigar qualquer risco de desabastecimento do combustível.
FONTE: terrabrasilnoticias.com
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