Blog do Kim Pereira - sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Suzenne Costa / SECOM/PMC
A Secretaria Municipal de Saúde vem a público esclarecer o caso do paciente D. S. B. de 8 anos de idade, que teve sua imagem exposta nas redes sociais devido a uma forte complicação alérgica.
Dos fatos.
A mãe A. S. procurou o posto de saúde do Bairro Areal no dia 4 de janeiro, do corrente ano, e marcou uma consulta com a enfermeira Cleomara Cirqueira para o mesmo dia, como mostra a agenda de atendimentos da profissional. Anexar o documento A senhora A. S. sabia que estava sendo atendida por uma enfermeira e até conhecia a profissional, pois ela ( Cleomara Cirqueira ) já realizou consultas de pré-natal da mesma, conforme o documento abaixo comprova.
Antes de julgar a enfermeira, é bom deixar bem claro, que a mesma tem formação com certificado do curso de AIDPI (Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância), que a habilita para realizar vários procedimentos, tais como consultas de pré-natal, Puericultura (acompanhamento de crianças desde o pré-natal até a puberdade), prescrição de medicamentos (antibióticos, analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, anti-helmínticos, vitaminas, etc.), entre outros.
Do primeiro atendimento na UBSF
Ao chegar na unidade de saúde, a mãe relatou que a criança estava há mais ou menos 3 dias sendo cuidada em casa, apresentando febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores musculares e ânsia de vômito. Diante do quadro clínico característico de uma Virose, a enfermeira avaliou e prescreveu as medicações em questão: paracetamol e ibuprofeno (medicações que pertencem à Farmácia Básica). Dentre estes, o ibuprofeno é um fármaco em que sua comercialização necessita de receita médica. Pensando nisso, a enfermeira foi ao Consultório Médico da referida Unidade de Saúde, para que Dr Juan Carlos Cabezas Rojas autorizasse a receita. Ao saber que na Farmácia Básica do posto de saúde havia a medicação, dispensou as mesmas a mãe, a partir de então, sendo desnecessária a compra dos remédios. A criança recebeu a primeira dose da medicação por volta das 9:30h da manhã e não apresentou nenhuma alteração no decorrer do dia.
Horas depois de receber a segunda dose, já no período da noite, a criança começou a apresentar lesões severas na pele e mucosas, acompanhada de febre alta e em seguida foi conduzida ao Hospital Antônio Pontes de Aguiar (HAPA) onde ficou sendo acompanhada e monitorada pela equipe do hospital, aguardando a liberação de um leito para a mesma em São Luís - MA. D. S. B. foi transferido para o Hospital Dr Odorico Amaral de Matos (Hospital da Criança) onde ficou internado por 21 dias. No dia 28 de Janeiro de 2016, os pais procuraram a Secretaria Municipal de Saúde para relatar o caso. Somente neste dia tomou - se conhecimento da real situação da criança, pois a mesma havia retornado de alta hospitalar à Chapadinha. Diante disto, na mesma manhã a Secretaria enviou Profissionais da Saúde para visitar o domicílio e tomar conhecimento das necessidades da criança. Desde então, a criança passou a receber Visitas Domiciliares, semanalmente, de profissionais como: Enfermeiras, Pediatra, Psicóloga, Nutricionista, consulta especializada com Oftalmologista, além de medicações, roupas de cama, suprimentos alimentícios, materiais de curativo e higiene pessoal, de acordo com as prescrições dos profissionais e solicitações da mãe da criança. Sendo assim, a Secretaria Municipal de Saúde, dentro de sua competência, está suprindo todas as necessidades de D. S. B.
Quanto à assistência financeira que a família alega, esse procedimento está sendo realizado por meio do departamento jurídico, pois de acordo com a legislação vigente, não é permitido ao município fazer transferência de dinheiro sem o amparo judicial.
Diante da situação e de exposição exacerbada pela qual está passando a criança, vítima de holofotes, a Secretaria Municipal de Saúde lamenta profundamente, a exposição da imagem de uma criança que precisa de cuidados médicos específicos e, que ao invés disso, tem gente tentando se autopromover com a dor alheia e esquecendo que o mais importante é a vida do pequeno D.S. B.
Sobre a possível doença da criança
Um laudo médico expedido pela Secretaria Municipal de Saúde da cidade de São Luís indica que D. S. B. teria desenvolvido a Síndrome de Stevens- Johnson e que a mesma teria sido causada, provavelmente, por uma reação a uma medicação. O que se sabe dessa doença é que a mesma é muito rara, acomete 1 pessoa a cada um milhão de habitantes, é grave e provoca surgimento de lesões avermelhadas em todo o corpo e outras alterações. Vários estudos clínicos apontam que a Síndrome não tem uma única causa definida, mas que em muitos casos, ela surge após o paciente ter uma virose, que somado à baixa imunidade, a outras questões de saúde e também à medicação, pode desenvolver a doença.
A secretaria municipal de saúde de Chapadinha prioriza, em primeiro lugar, a vida humana, e sempre busca elucidar os fatos ocorridos no município de maneira responsável. E, mais uma vez, lamenta como alguns veículos de comunicação da cidade divulgaram o problema do menor D.S.B. e da forma irresponsável que tentaram jogar a opinião pública contra uma profissional que sempre desenvolveu seu trabalho com dedicação e respeito a todos.
A secretaria municipal de saúde de Chapadinha prioriza, em primeiro lugar, a vida humana, e sempre busca elucidar os fatos ocorridos no município de maneira responsável. E, mais uma vez, lamenta como alguns veículos de comunicação da cidade divulgaram o problema do menor D.S.B. e da forma irresponsável que tentaram jogar a opinião pública contra uma profissional que sempre desenvolveu seu trabalho com dedicação e respeito a todos.
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