sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Blogueira que defendeu legalização da maconha é executada em Terezinha-PI

Blogueira que defendeu legalização da maconha é executada em Terezinha-PI

 

A influencie e blogueira Samya Silva, conhecida como Samynha Silva, foi perseguida e morta a tiros na tarde desse domingo (1º), por volta das 17h30, na Avenida João XXIII, no bairro São Cristóvão, na Zona Leste de Teresina, no Piauí.

A Guarda Civil Municipal da capital informou que Samya estava com duas amigas em um clube e, ao sair do local, foram perseguidas por dois homens em uma moto.

Samya, que conduzia uma motocicleta, foi baleada, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Os criminosos efetuaram pelo menos seis disparos de arma de fogo contra a blogueira.

As amigas da vítima não foram baleadas. Os autores do crime fugiram e, até o momento, não foram identificados.

Samya possui quase 50 mil seguidores no Instagram. Nos últimos dias a blogueira falou em uma live em seu perfil que estaria recebendo ameaças de morte.

O caso pode ter relação com envolvimento de facções criminosas. Durante uma live feita pela blogueira supostos faccionados deixaram comentários a ameaçando. Pelos grupos de WhatsApp circula um vídeo em que ela aparece dançando e fazendo um gesto com a mão que remete à símbolo de facção.

Uma tentativa de homicídio registrada há 3 semanas em um posto de conveniência na zona Sudeste de Teresina, onde duas pessoas ficaram feridas, teria sido uma tentativa de matá-la.

A blogueira, conhecida por diversas polêmicas, deixa uma criança pequena.

Além da Guarda Municipal, a Polícia Militar foi acionada para isolar a área onde ocorreu o assassinato. Ainda não há informações sobre a motivação do crime. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) deve investigar o caso.

Informações Blog do Gilberto Lima 


quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Cenas Fortes: veja o momento em que irmão da Deputada Federal Sâmia Bomfim e outros três médicos são executados em quiosque no RJ; VEJA VÍDEO

Cenas Fortes: veja o momento em que irmão da Deputada Federal Sâmia Bomfim e outros três médicos são executados em quiosque no RJ; VEJA VÍDEO


Três médicos foram assassinados a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, durante a madrugada desta quinta-feira (5/10). Um profissional também ficou ferido e se encontra em estado grave. A Polícia Civil do Rio investiga o caso.

Quem foram os médicos assassinados

foto colorida do médico paulista Marcos Andrade Corsato, 63 anos, executado em quiosque do Rio de Janeiro - Metrópoles

Médico paulista Marcos Andrade Corsato, 63 anos, executado em quiosque do Rio de Janeiro/Reprodução/Redes Sociais

No vídeo, é possível observar o momento em que há a movimentação rotineira do local, até homens descerem de um veículo às pressas, uma testemunha sair correndo assim que percebe a movimentação, e a execução dos disparos contra os profissionais de saúde.

Imagem colorida do ortopedista Diego Bomfim - Metrópoles

O ortopedista Diego Bomfim/Reprodução

O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do posto 4, quando um grupo saiu de um carro e atirou contra os médicos. Os profissionais de medicina mortos são especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33, Marcos Andrade Corsato, 63, e Diego Ralf Bonfim, 35. O último é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP).

Imagem colorida do ortopedista Perseu Ribeiro de Almeida - Metrópoles

O ortopedista Perseu Ribeiro de Almeida/Reprodução

As vítimas estariam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva de Pés e Tornozelos (MIFAS, sigla em inglês), que começa na tarde desta quinta-feira e vai até o sábado (7/10).

Metrópoles

FONTE: terrabrasilnoticias.com

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Compromisso: Prefeita Belezinha autoriza o pagamento da 1ª parcela do 13° salário dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Chapadinha-MA

Compromisso: Prefeita Belezinha autoriza o pagamento da 1ª parcela do 13° salário dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Chapadinha-MA

 

Na data em que se comemora o Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde (ACS) e do Agente de Combate a Endemias (ACE), a Prefeita de Chapadinha Ducilene Belezinha, parabenizou esses profissionais que atuam na estratégia de saúde da família e estão diariamente, de porta em porta, cuidando dos cidadãos chapadinhenses e anunciou o pagamento do 13° salário aos ACS.

"Para a data ficar ainda mais especial para a categoria ACS, autorizamos, hoje também, o pagamento da 1ª parcela do 13° salário. Apesar de todas as dificuldades que estamos vivendo, com muito cuidado e zelo com os recursos públicos, temos conseguido honrar os compromissos", disse a prefeita Belezinha, que destacou que os Agentes de Combate a Endemias receberam a 1ª parcela do 13⁰ salário no mês de julho/2023.

A vítima estava em uma motocicleta Honda Pop: Mulher é assassinada a tiros a caminho do trabalho na zona rural de Arari-MA

A vítima estava em uma motocicleta Honda Pop: Mulher é assassinada a tiros a caminho do trabalho na zona rural de Arari-MA

 

Uma mulher, identificada como Darlên Silva, de 34 anos, foi assassinada a tiros na manhã desta quinta-feira, 28, na estrada de Moitas, no município de Arari, distante 168 km de São Luís.

A vítima estava em uma motocicleta Honda Pop, a caminho do seu trabalho, na fazenda dos Gaúchos, quando foi surpreendida pelos assassinos, que dispararam vários tiros.

A polícia está trabalhando em duas linhas de investigação (talvez latrocínio ou feminicídio), mas não pode divulgar mais detalhes para não atrapalhar. Há suspeitas de que os assassinos tenham sido contratados para a execução do crime.

Como nada foi levado da vítima, a suspeita é de que o objetivo era ceifar a vida de Darlên Silva. A polícia não informou se ela vinha sofrendo algum tipo de ameaça.

Após o crime, os dois executores fugiram do local e estão sendo procurados pela polícia.

Informações Blog do Gilberto Lima 


Em busca de recursos: Prefeita Belezinha participa de Mobilização Municipalista em Brasília

Em busca de recursos: Prefeita Belezinha participa de Mobilização Municipalista em Brasília

Acompanhada da coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e vereadora Nildinha Teles, a prefeita Ducilene Belezinha participa nesta terça-feira (3) e quarta-feira (4) de outubro em Brasília da Mobilização Municipalista.

O evento promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem como tema "Município em Crise, População Desassistida" e reúne prefeitos e prefeitas de todo o país, em um diálogo para enfrentar os desafios financeiros que afetam todos os municípios brasileiros.
Para a prefeita Ducilene Belezinha e demais gestores municipais, a crise tem se agravado nos municípios com o aumento das despesas e as recorrentes quedas nas receitas.

Durante o encontro, estão sendo discutidas a crise financeira que impacta as cidades, com destaque para questões como a queda nos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o subfinanciamento de programas federais, a implementação de pisos salariais e o aumento dos custos operacionais.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, explicou que as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras é um problema estrutural, que vem de muitos anos, sendo urgente a revisão do Pacto Federativo com uma justa repartição do bolo tributário.

"A situação tem sido agravada quando se soma isso ao excesso de obrigações que são repassadas aos entes locais. O problema se acumula por meio de medidas aprovadas em Brasília sem a devida contrapartida de recursos necessários para que os municípios possam garantir a eficiência no atendimento à população", afirmou Ziulkoski.

Por Luiz Carlos Jr./Portal CN1

Governo Lula cancela 2,9 milhões de pessoas do Bolsa Família.

Governo Lula cancela 2,9 milhões de pessoas do Bolsa Família.

Desde o início do ano, o governo Lula cancelou o cadastro de cerca de 2,9 milhões de pessoas do Bolsa Família. Os dados oficiais foram obtidos com exclusividade pela coluna.

“Foram canceladas 2.870.743 famílias entre janeiro e setembro de 2023”, informa documento produzido pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Os cortes, segundo a pasta, fazem parte de um pente-fino para adequar o pagamento do benefício àqueles que realmente se enquadram nos critérios pré-determinados. O programa havia sido rebatizado como “Auxílio Brasil” no governo Bolsonaro e retornou ao nome original em Lula 3.

A limpa no programa começou em março deste ano, quando o governo informou ter identificado 1,2 milhão de perfis com renda mensal mais alta do que a estipulada para inscrição no Bolsa Família.

Em dezembro do ano passado, 21,601 milhões de famílias receberam o benefício, ao custo de R$ 13,017 bilhões. Em setembro deste ano, foram contempladas 21,478 milhões de famílias, ao custo de R$ 14,583 bilhões.

O que indica que, apesar dos cancelamentos e da redução de beneficiários, novos usuários também foram inseridos no Bolsa Família.

Em junho, Lula assinou o decreto que regulamenta o Novo Bolsa Família. O texto estabeleceu complementação de R$ 50 adicionais, pelo Benefício Variável Familiar, a dependentes de 7 a 18 anos na composição familiar e a gestantes e lactantes.

FONTE: terrabrasilnoticias.com

Milhares de prefeitos pressionam Governo Lula e Parlamento contra crise nos municípios.

Milhares de prefeitos pressionam Governo Lula e Parlamento contra crise nos municípios.

 

A Mobilização Municipalista começou pela manhã com a abertura do evento no Centro de Convenções Ulisses Guimarães. Na parte da tarde, os gestores municipais ocuparam o salão verde da Câmara dos Deputados e em seguida, fizeram uma caminhada em direção ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, informou que os problemas enfrentados pelos gestores municipais se agravaram com o atual cenário de queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A crise não é conjuntural, não é só do FPM, ela é estrutural, ela vem de uma soma de questões que fizeram com que chegássemos a esse ponto”, disse.

A maioria dos prefeitos culpam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter aumentado as despesas obrigatórias e o desequilíbrio no financiamento. Sem os recursos necessários, os prefeitos temem o agravamento da crise no atendimento direto à população em serviços de Saúde, Educação e Assistência Social.

“Estamos lidando com uma grave crise financeira e o governo do presidente Lula não está olhando com carinho para às demandas dos municípios”, disse um prefeito petista àGazeta do Povoque preferiu não se identificar.

A CNM levou ao conhecimento do TCU um levantamento com dados da crise que vem sendo enfrentada pelos municípios. Um dos dados sobre saúde mostrou que os municípios destinam à área mais do que 15% do orçamento, percentual mínimo obrigatório. Em 2022, a média nacional ficou em 22,27%, de acordo com a CNM. E além disso, cerca de 1,5 mil Municípios – que representam 27% das cidades do Brasil – aplicam percentuais acima de 25%. “Para levar saúde básica à população na ponta, os Municípios pagam uma conta alta”, lamentou o presidente da CNM.

Na área de educação, Ziulkoski mencionou sobre as obras paradas que impedem o funcionamento de creches e escolas, por exemplo. E ainda citou que o pagamento de pisos compromete os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sobre as creches, Ziulkoski ainda disse que apesar de não serem obrigatórias, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou pela obrigatoriedade do poder público de garantir vagas em creches e pré-escolas para crianças de 0 a 5 anos.

Gazeta do Povo

FONTE: terrabrasilnoticias.com

Americanas fecham 21 lojas entre agosto e setembro deste ano

Americanas fecham 21 lojas entre agosto e setembro deste ano

Empresa já teve 88 lojas fechadas nos últimos 12 meses

As Lojas Americanas, atualmente em recuperação judicial, desligaram 1.131 funcionários e fecharam 21 estabelecimentos entre agosto e setembro deste ano. Os números fazem parte do relatório de acompanhamento mensal divulgado pelos administradores judiciais da varejista e foram enviados neste domingo (1°) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As informações dos administradores judiciais apontam que as Americanas possuem 1.785 unidades ativas, com 88 lojas fechadas nos últimos 12 meses. O número de clientes ativos, por sua vez, caiu 12,8% em agosto, na comparação com dezembro de 2022. O dado se refere aos clientes que realizaram pelo menos uma compra ou interação com a varejista.

Ao final de agosto, o caixa disponível da Americanas era de R$ 1,552 bilhão, ante R$ 3,726 bilhões em setembro do ano passado, o que representa uma redução de 58,3%. Por outro lado, a dívida da empresa subiu 5,6% entre janeiro e agosto de 2023, e saltou para R$ 20,644 bilhões.

No começo de 2023, veio a público um rombo contábil bilionário nos balanços financeiros da Americanas, estimado inicialmente em R$ 20 bilhões. Nos últimos meses, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada na Câmara para investigar o episódio, mas ela chegou ao fim sem apontar os responsáveis pela suposta fraude.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

POLÍTICA: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda reprovação das contas de Higor Almeida

POLÍTICA: Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda reprovação das contas de Higor Almeida

 


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou inconsistências na prestação de contas da campanha de Higor Almeida a deputado federal e recomendando a devolução do montante de R$ 681 mil, 087 reais e 48 centavos.

Mostrando que a administração pública requer bem mais do que sorrisos e abraços, o então candidato Higor Almeida teve falhas graves nas prestações de contas de sua campanha.

Responsabilidade, compromisso e transparência com recursos públicos requerem além de outros fatores maturidade .

O parecer técnico é relativo à campanha para deputado federal do então candidato Higor Almeida, realizado em 2022,  foi divulgado pela Justiça Eleitoral e os valores impressionam.
Em um trecho do parecer está registrado o seguinte: "Após realizadas as diligências necessárias à complementação das informações, à obtenção de esclarecimentos e/ou ao saneamento de falhas, restaram caracterizadas as inconsistências ora relatadas".

Em outro trecho o parecer aponta a: OMISSÃO DE RECEITAS E GASTOS ELEITORAIS (ART. 53 DA RESOLUÇÃO TSE N° 23.607/2019).

O trecho se refere a gastos, com botões, santinhos, panfletos e outros gastos de campanha.

O parecer também considerou "DESPESAS PAGAS COM RECURSOS DO FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA (FEFC) IRREGULARES".

Conclusão

Em face do que foi relatado, esta unidade técnica opina pela DESAPROVAÇÃO, das contas do candidato ao cargo de Deputado Federal HIGOR HEIDER ALMEIDA LIMA, referentes à campanha eleitoral de 2022, nos termos do art. 74, III, da Resolução-TSE nº 23.607/2019, c.c. o art. 30, III, da Lei nº 9.504/1997, considerando que há irregularidades de natureza grave.

Sugere-se o encaminhamento dos autos do Ministério Público Eleitoral, para emissão de parecer, no prazo de 2 (dois) dias, nos termos do §4° do art. 64 da Resolução-TSE nº 23.607/2019.

Recomenda-se, ainda, o recolhimento ao Tesouro Nacional do montante de R$ 681.087,48, relativo à omissão de despesa apontada no item 6.14.1 (R$ 20.000,00) e às irregularidades na aplicação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Portal CN1, com informações do Blog Vagner Nascimento 
Desastre: Rombo de R$ 100 bilhões no Governo Lula: quais os impactos do pior resultado das contas públicas desde a pandemia?

Desastre: Rombo de R$ 100 bilhões no Governo Lula: quais os impactos do pior resultado das contas públicas desde a pandemia?

O governo federal acumula um déficit primário que ultrapassa os R$ 105 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, o pior resultado para as contas públicas no período desde a pandemia, em 2020.

Nesse ritmo de gastos mais acelerados que receitas, a estimativa do mercado financeiro é de que as contas públicas terminem o ano com R$ 106,5 bilhões negativos, enquanto o próprio governo espera um rombo de R$ 141,4 bilhões.

Além disso, segundo economistas ouvidas pelo g1 é bastante improvável que o déficit seja zerado em 2024, como pretende o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Se essas estimativas se concretizarem, será o retorno dos resultados negativos após uma interrupção apenas em 2022, quando houve superávit. Antes, o país havia passado por uma sequência de oito anos de déficit.

Os resultados ruins nas contas públicas podem gerar impactos importantes sobre a economia do país e, consequentemente, para a população.

Entre os destaques, estão:

  • 🏃 a insegurança para os investidores com o rombo nas contas do governo, o que pode levar a uma saída de recursos do Brasil para outros países vistos como mais seguros;
  • 📉 a redução de investimentos no país, já que os empresários ficam mais avessos ao risco, produzem menos, gera menos emprego e menos renda para a população;
  • 🛑a possibilidade de estagnação da atividade econômica, dado o cenário mais incerto;
  • 📈 o aumento das projeções de inflação, pois os gastos elevados precisam ser cobertos pela emissão de moeda;
  • 💰 o aumento de juros, pois o governo precisaria oferecer retornos mais expressivos para os investidores para atrair dinheiro estrangeiro;

Veja mais detalhes a seguir.

O que significa um rombo nas contas públicas?

Em poucas palavras, um rombo nas contas públicas significa que o país está gastando mais do que arrecadando, antes do pagamento de juros da dívida. Na literatura econômica, a situação é chamada de déficit primário.

"O déficit primário ocorre quando a arrecadação federal é inferior às despesas, ou seja, o dinheiro que o governo possui é insuficiente para pagar todas as contas públicas", explica Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital.

As maiores dessas contas são os pagamentos de aposentados e pensionistas do INSS, os salários de funcionários públicos, gastos com auxílios sociais, subsídios e as despesas essenciais de um governo.

A chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, faz uma analogia: pensando a lógica das contas do governo dentro de um orçamento familiar, o déficit primário aconteceria quando o salário não fosse o suficiente para pagar as contas.

Assim, a família pegaria um empréstimo para pagar as contas e o seu financiador (que é quem vai receber os juros pagos pela família) seria o banco. Para conseguir pagar o empréstimo e não ter mais problemas com suas contas básicas, a família teria duas opções: diminuir os gastos ou aumentar os ganhos.

Para o governo, a lógica é a mesma.O déficit só pode ser reduzido caso haja uma forte queda nos gastos, ou que a arrecadação federal aumente o suficiente para fechar no azul.

A solução proposta pelo governo federal tem sido a de aumentar os ganhos, como foi proposto pelo Ministério da Fazenda no projeto do novo arcabouço fiscal.

Contas públicas têm déficit de R$ 79 bilhões até agosto

Contas públicas têm déficit de R$ 79 bilhões até agosto

Ariane explica, no entanto, que, diferente de uma família,o governo não é um gerador de capital, mas sim um utilizador. Em outras palavras, nenhum governo tem a capacidade de gerar dinheiro para a economia, mas é ele quem utiliza parte do dinheiro que empresas e população geram, distribuindo a sua parte desse capital entre todos os setores do país, como educação, saúde e segurança, além de pagar auxílios e servidores.

A forma como o governo pega sua parte de toda a receita que é gerada dentro do país é com opagamento de impostos, tanto os pagos pelas pessoas físicas quanto pelas pessoas jurídicas.

Dessa forma, para que o Brasil tenha uma maior arrecadação, diminuindo o rombo nas contas públicas, o governo precisa arrecadar mais com os impostos. E, para isso, depende de um crescimento expressivo da economia, que aumente a produção de setores como a indústria e os serviços.

Como o Brasil chegou ao déficit bilionário?

De 2014 a 2021, o Brasil registrou oito resultados negativos consecutivos nas contas públicas. A situação ficou ainda pior em 2020, durante a pandemia, que trouxe fortes impactos para a economia tanto por uma menor arrecadação quanto pelo aumento dos gastos com os auxílios emergenciais. Naquele ano, o rombo foi de quase R$ 900 bilhões.

No ano seguinte, em 2021, o país diminui seu déficit, que foi de pouco mais de R$ 40 bilhões, mas foi só em 2022, depois de oito anos, que o governo conseguiu registrar um superávit, de quase R$ 58 bilhões, segundo o Tesouro Nacional.

Ariane, da Esh, destaca que, entre 2021 e 2022, o governo conseguiu arrecadar mais dinheiro por conta da valorização das commodities. O maior destaque foi o petróleo, que valorizou 53,74% entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022, mas chegou a disparar cerca de 120% em maio do ano passado. Parte dessa valorização se transformou em pagamento de dividendos recordes por parte da Petrobras.

Também é importante destacar, de acordo com a economista, que o superávit tem relação direta com a inflação elevada do último ano. Com preços maiores, o pedaço que o governo consegue "abocanhar" com os impostos também é maior.

Porém, para que a arrecadação seja contínua e saudável (em vez de depender do sobe e desce das commodities e da inflação), o país precisa crescer. "Quanto mais produto é produzido e empregos são gerados, mais impostos serão cobrados e maior é a arrecadação", aponta a economista.

Mas o crescimento que foi observado no primeiro semestre de 2023 não foi o suficiente para gerar essa receita mais expressiva. Isso porque, segundo Ariane, o setor que realmente teve uma grande expansão foi a agropecuária, que conta com uma série de isenções e não gera tantos impostos para a União.

O Produto Interno Bruto (PIB) do agro cresceu cerca de 17% no segundo trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. Já os serviços e a indústria, que pagam mais impostos, mostram um desempenho mais tímido. Os serviços crescerem 2,3% no mesmo período, enquanto a indústria teve alta de só 1,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em comparação trimestral, a agropecuária avançou 21% no primeiro trimestre deste ano e manteve o bom resultado no segundo, com uma leve correção para baixo de 0,9%.

"A gente cresceu, mas não de uma forma qualitativa para que o governo arrecadasse mais. E para crescer, precisa haver produção, mas o empresário só vai produzir se ele entender que vai ter demanda para aquilo, se o consumo doméstico der sinais de melhora", pontua Ariane.

Menos confiança, menos dinheiro

Outra forma do governo arrecadar dinheiro é com o investimento estrangeiro, que também não vive os melhores dias.

No ano passado, com os juros bastante elevados no Brasil e as commodities em alta, de janeiro a agosto, o investimento direto somou US$ 59,2 bilhões. No mesmo período de 2023, entrou um montante de US$ 37,9 bilhões no país, queda de 36%, segundo o Banco Central.

Ainda que o Brasil permaneça com taxas de juros atrativas (aos 12,75% ao ano), há dois aspectos que afastaram o investidor internacional do país. O primeiro é o próprio ciclo de quedas da taxa básica de juros brasileira. A perspectiva é que a Selic chegue a 9% no final de 2024, segundo o boletim Focus desta semana, o que reduz o diferencial de juros do país.

O segundo é o aumento das taxas nos Estados Unidos. Com os títulos considerados os mais seguros do mundo, nos maiores patamares em quase duas décadas, há uma migração dos investidores mais conservadores para as Treasuries americanas.

Além disso, as especialistas ouvidas pelo g1afirmam que o mais importante é que o investidor sinta confiança no país. O rombo nas contas públicas acaba alimentando o desânimo com o Brasil, e tende a afastar os investidores que temem o risco fiscal.

A situação se transforma em um círculo vicioso: ao mesmo tempo em que a baixa perspectiva de consumo doméstico mantém os investimentos de empresários em produção interna mais tímidos, há menos arrecadação e a situação se agrava. A única alternativa, então, seria rever os gastos.

Inflação, juros e outros velhos conhecidos dos brasileiros

Olhando para os efeitos que o endividamento do país tem sobre a população, o maior deles é a inflação. Mas, antes de chegar esse impacto, alguns outros processos acontecem.

No primeiro momento, o déficit nas contas públicas torna o país um destino menos seguro para os investimentos, explica Rachel, da Rico. Então, para atrair dinheiro,o Brasil precisa emitir mais títulos de dívidas (que são os títulos do Tesouro), com um retorno que tenha juros convidativos, para que a rentabilidade compense parte do risco em investir no país.

"Mas existe um limite de quanto o país pode emitir em dívida pública para financiar suas despesas. Quando atinge esse limite e o país fica sem dinheiro, a última saída é imprimir dinheiro. E, como já sabemos, mais dinheiro em circulação faz subir a inflação", pontua a especialista.

Rachel destaca queo Brasil ainda está longe de chegar a essa situação extrema, mas que, por saber exatamente como essa dinâmica funciona,conforme o país eleva suas dívidas, todo o mercado começa a projetar essa aceleração da inflação.

As expectativas de uma inflação maior por si só já são o suficiente para fazer com que produtores comecem a elevar seus preços. E isso vai se espalhando pela economia, mesmo nos setores mais da ponta, até chegar nas famílias de mais baixa renda, que são as que mais sofrem com a escalada dos preços.

Além da inflação, um cenário assim também favorece juros mais altos. Primeiro porque a única forma de conter a inflação é com a elevação dos juros, que tornam os processos de financiamento e tomada de crédito mais caros.

Mas, além disso, retomando a ideia de que para atrair dinheiro o governo precisa emitir títulos com bons rendimentos, o Tesouro Nacional precisaria oferecer taxas maiores aos investidores.

"Se os juros do governo são maiores isso afeta toda a população, porque são eles que servem como base. Se os juros do governo sobem, impactam financiamento imobiliário, de automóveis, tudo", comenta a chefe de economia da Rico.

Por fim, taxas elevadas e inflação acelerada tornam o ambiente mais desafiador para a economia, que tem mais dificuldade para crescer.

Ariane, da Esh, explica que a única forma de solucionar a questão é reduzindo gastos e aumentando a receita. Ela defende o avanço das chamadas "reformas estruturantes", como a tributária, que está em andamento e deve reformular o pagamento de impostos no país, e a administrativa, que, quando acontecer, deve rever o funcionalismo público no Brasil.

As economistas também concordam que, no longo prazo, outros gastos públicos também precisam ser revistos para que as contas fechem de forma sustentável.

Os auxílios sociais, segundo elas, são um exemplo: o ideal é que o governo crie uma estrutura em que esses auxílios sejam necessários apenas no curto prazo, possibilitando depois que os beneficiários possam ter uma melhor condição de vida por conta própria.

FONTE: terrabrasilnoticias.com

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