Delegado Menadro Pedro coordenou
as diligências em busca do bandido
“A partir da denúncia de que o preso tinha fugido, nós imediatamente acionamos o comando de policiamento do interior com o Coronel Lindomar Castilho, a polícia de Valença e de Floriano, com o delegado Matheus Zanata e a Força Tática da PM", informa o delegado do Greco, Menandro Pedro. Foram cerca de 20 homens trabalhando na captura de Wagner Alexandre.
“Nós passamos mais de dois dias na mata procurando por ele. O Wagner percorreu cerca de 20 quilômetros do perímetro de Valença só no primeiro dia e de deslocou mais um quilômetro e meio no segundo dia”, informa o delegado Daniel Pires que participou das diligências. Os moradores de 18 casas que ficavam próximas o local da fuga do bandido também foram acionados pela polícia para ajudar nas buscas. “Nós informamos a eles de quem se tratava e pedimos para que colaborassem com o nosso trabalho. Oferecemos uma recompensa no valor de R$ 500,00 para quem conseguisse encontrar e segurar e Wagner até a nossa chegada”, diz o delegado Menandro.
Wagner Alexandre de Almeida é condenado por
estupros cometidos em Pernambuco
Foi a partir da ajuda da população que Wagner Alexandre conseguiu ser localizado após dois dias algemado fugindo na mata. “Em determinado momento, a equipe do delegado Zanata se perdeu no mato e nós acionamos o tenente Zeferino, da polícia de Valença para tentar localizá-la. Quando ele estava indo ao encontro deles, foi abordado por um rapaz em uma moto avisando que o fugitivo estava na casa dele pedindo comida e água. O tenente acionou o restante da equipe e nós fizemos a abordagem e conseguimos prendê-lo”, diz o Menandro Pedro.
Antecedentes
Ao ser apresentado pela polícia, Wagner Alexandre de Almeida disse que a morte do policial e a fuga do carro que fazia sua transferência para Teresina foi um acidente. O ‘tarado da Hilux’ como ficou conhecido em Pernambuco, informou que era empresário e dono de uma companhia de frigoríficos. “Eu tenho uma fazenda na Chapadinha, por isso estava lá. Estava trabalhando. Só queria mostrar pra justiça que era capaz de agir como uma pessoa dentro da lei, de ganhar as coisas com o meu trabalho”, diz.
Fotos: Assis Fernandes/ODIA
O homem era empresário e dono de uma fazenda de mais de um milhão no Maranhão
A polícia informou que após fugir do presídio de Pernambuco, Wagner mudou de nome e apresentava uma identidade falsa. A fazenda que ele comprou no município de Chapadinha, no Maranhão, tem cerca de 200 hectares de extensão e está avaliada em aproximadamente R$ 1.500.000,000.
Wagner Alexandre disse que assassinato de agente foi acidente
Em relação à sua condenação por estupros praticados em Garanhuns, Wagner diz que cometeu os crimes de fato e que isso foi há cerca de oito anos. Ele acrescenta ainda que a pena que pegou pelos crimes foi de 56 anos e que não sabe de onde tiraram esse número de 200 anos de prisão por estupro. De acordo com a polícia, Wagner responde apenas pelos casos de violência sexual e por porte ilegal de arma de fogo, mas que o assassinato do agente penitenciário Sandro Joaquim também entrará na lista de acusações.
Em relação ao destino do preso, o delegado Menandro informa que ele permanecerá na Greco para procedimentos legais e depois será transferido para a Casa de Custódia onde deverá permanecer provisoriamente. “Ele pode ser condenado por estupros em Pernambuco, mas o homicídio cometido contra o agente penitenciário foi em território piauiense, então ele terá que responder aqui por esse crime”, diz.
(Potal O DIA)
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